terça-feira, 20 de junho de 2017

Transeuntes



Eles vêm e vão, num fluxo permanente,
Andam para lá e para cá,
Seus pensamentos e planos, 
Ou pouca coisa em mente,
Outros entregam, uns irão buscar.
Estranhos, num passeio apressado,
Fone em ouvidos, alguns de bermudas,
Tantos  mais  de casacos.
Caminham indo ao encontro das coisas deles,
Cada um com seu objetivo... 
Uns querem drogas, outros grana,
Ou quiçá, um simples abrigo.
Cidade grande, gente estressada !
Saltando divisória do cimento da calçada,
Com raiva, agonia, tristeza, felicidade... Estampada em cada  cara.
Povo sofrido, percorre grandes distâncias,
Simplesmente por buscar seu meio de sobrevivência,
Eles também têm sonhos, 
Mas a realidade atravessa-lhes,
Sem nenhuma coerência.
De tanta pressa, esbarra num  deles,
Uma trombada estratégica,
E lá se foi, mais um celular, 
Ou carteira que estava no bolso daquele.
Uns andam vendendo, outros andam pedindo.
E quantos andam bebendo ?
Tem transeunte que parece fixo...
Repare aquele, que usa um livro,
Da estória do homem do crucifixo,
Um movimento poluído, gritaria, xingamentos, ponta de cigarros jogadas ao chão,
Cadeirantes, pedestres,
Ainda, as vezes ciclistas,
Uns invadem o espaço dos outros, maior confusão.

Renan Nassif ©



Imagem, escultura: Os transeuntes, Wroclaw, Polônia.

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